sexta-feira, abril 22, 2005

... A Rosa ...

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.

Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.

Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.

Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia

Bocage

... A Água...

A ÁGUA

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

Bocage

terça-feira, abril 19, 2005

Aviso

O Orgasmos, que mais não é que um escape para o autor, alterou a sua "imagem" por isso mesmo muitas das imagens desapareceram. Que se Phoda, outras virão e se Deus quiser, "se virão".
Já que falo em "vir", na verdadeira e pouco acéptica acepção da expressão, não gostaria que vissem no Orgasmos um qualquer decalque de outro qualquer Blog, se assim o entenderem, pois que se Phodam também.
Não é igualmente intuíto deste Blog ser conotado com qualquer outro com fundamentos mais libidinosos ou até mesmo pornográficos, no entanto se assim pensarem, façam o favor de se irem Phoder.
Se entenderam tudo direitinho, e não têm dúvidas, pois podem igualmente, mas com carinho, irem-se Phoder!

O Preto Ribeiro

Image hosted by TinyPic.com "Quando o preto Ribeiro entregue ao sono
Jazia, lhe aparece o deus Priapo:
E com uma das mãos por ser fanchono,
Lhe agarra a cabeça do marzapo:
Oferece-lhe depois um belo cono,
Cono sem cavalete, gordo e guapo:
Casa o preto e mulher, por fim de contas,
Lhe poem na testa retorcidas pontas."

Manuel Maria Barbosa du Bocage