sexta-feira, setembro 03, 2004

NOME

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Dar ás coisas outro nome
que não o vosso, amor, não pude.
Nem pude ser mais doce e sim mais
rude
por conta das lamentações mais
ásperas
por causa do agravo que pensei
ser vosso.
Amor era o nome de tudo, estavaem tudo,
era o nome do macho cheirando a
esterco,
a frutos passados e a raízes raras.
De posse da intimidade da água
e da intimidade da terra,
a animais vorazes é a que sabíamos.
Amor é com quem me deito e deixo
montar
minhas coxas em forma de forquilha
e onde
amor abre caminho pelas minhas
águas.

Olga Savary